O governo Paraguaio determinou a expulsão de Mario Piloto de última hora
e o mesmo foi pego de surpresa e embarcado em um helicóptero da PC do
Brasil, onde seguirá para ser julgado por diversos crimes.
Marcelo Pinheiro, conhecido como
Marcelo Piloto, acusado de ser um dos líderes do grupo criminoso Comando
Vermelho, exigido pela Justiça do Brasil, foi expulso do Paraguai nesta
segunda-feira (19).
A
decisão foi tomada depois que o brasileiro assassinou a jovem Lídia Meza
Burgos na sede do Grupo Especializado da Polícia Nacional no último
sábado (17), em uma tentativa desesperada de não ser extraditado para o
Brasil.
Marcelo Piloto,
chegou por volta das 6h:30m no aeroporto Itaipu Binacional, em
Hernandarias, departamento Alto Paraná, em meio a um forte esquema de
segurança.
Enquanto
o sistema judicial paraguaio analisava os procedimentos para confirmar
sua extradição, apesar de ter cometido um segundo homicídio em
território nacional, foi inesperadamente expulso. O assassinato de uma
menina de 18 anos fez as autoridades reagirem e também mostrou que o
Paraguai não está preparado para abrigar um prisioneiro altamente
perigoso.
De acordo com o
relatório, o brasileiro veio do grupo especializado para o Grupo Air
Tactical, e de lá foi transferido para o leste, onde um helicóptero da
Polícia Civil brasileira chegou para encontrá-lo.
As causa da morte: Adolescente de 18 anos assassinada em cela de Marcelo Piloto morreu de hemorragia interna
A
operação ocorreu rapidamente, aparentemente, para evitar qualquer
operação de resgate, considerando que em duas ocasiões o grupo criminoso
Comando Vermelho se preparava para liberá-lo com explosivos e armas
longas.
Pinheiro vestia
uma camiseta preta e bermuda e usava chinelos. Praticamente, eles o
acordaram com a notícia e, imediatamente, ele procedeu à sua
transferência. Mesmo, seu advogado alegando que ele não estava ciente da
medida.
Mario
Abdo Benítez decidiu expulsar o Comandante Vermelho, depois de ter
matado Lidia Burgos no Grupo Especializado no último sábado, onde foi
preso.
Como
resultado do crime, o presidente também demitiu o comandante da Polícia
Nacional, Bartolomé Gustavo Báez López, e o subcomandante Luis Pablo
Cantero.
Apesar
da forte implantação de segurança, a Polícia Nacional da região de Alto
Paraná não participou da operação, segundo o relatório.
O chefe da 5ª
Delegacia de Polícia de Hernandarias, Sérgio Sosa, indicou que não foram
autorizados a entrar. Ele admitiu, mesmo, que na sala de polícia eles
aprenderam sobre a operação pela imprensa.
Por volta de 07h:40m o helicóptero que moveu Pinheiro para o Brasil partiu.
Eles tentaram resgatá-lo
Além
do crime cometido no sábado no Grupo Especializado, segundo o próprio
governo, houve duas tentativas de resgate que foram desmanteladas. Uma
foi no início de outubro.
Alguns
supostos membros do Comando Vermelho foram presos e descobriu-se que
eles tinham um plano de resgate. Na operação, os agentes intervenientes
encontraram sete fuzis, 15 pistolas, munições de guerra, explosivos,
pregos, equipamentos de comunicação e balaclavas.
O
segundo plano frustrado foi no presidente Franco, Alto Paraná, no mesmo
mês. Algumas tropas chegaram a uma casa, onde foram baleadas contra
três pessoas e os três suspeitos morreram.
Em
lugar de uma espingarda de AK-47 RA-15, 0,56 espingarda, uma pistola de
9 mm, a 80 quilos de explosivos em gel, unhas Miguelito, cordão
detonador, o equipamento de comunicação rádio e dois veículos foram
encontrados; um deles preparado como um carro-bomba.
Marcelo Piloto teve dois casos no Paraguai:
um em Encarnación, no departamento de Itapúa, para a produção de
documentos falsos e outro em Ciudad del Este, departamento de Alto
Paraná, por homicídio. A família da vítima recorreu da medida, que
continuou impedindo a extradição do brasileiro, que desde o final de
2017 estava sendo mantido no Grupo Especializado.
Ele
havia sido preso em 13 de dezembro em Cambyretá, Itapúa, e foi detido
na prisão de Emboscada, mas finalmente transferido para o grupo em risco
de fuga.
Fonte: Planeta Folha - Cristiano Lyra
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