O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), participou da
audiência pública com o papa Francisco realizada na manhã desta
quarta-feira (19), no Vaticano.
Doria esperou cerca de uma hora e meia
para cumprimentar o pontífice e refazer o convite para que Francisco vá
ao Brasil em outubro para a celebração dos 300 anos da aparição de Nossa
Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
Em um clima descontraído,
que permitiu até risadas do pontífice, Doria pediu que Francisco
abençoasse as pessoas mais pobres e humildes do Brasil.
O prefeito
descreveu o breve encontro como emocionante e disse ser um privilégio
poder estar ao lado do papa.
“Papa Francisco foi muito atencioso, não mostrou pressa e me ouviu com calma”, disse.
Doria
recebeu a imprensa brasileira logo após o encontro com o papa.
A
coletiva estava marcada para acontecer na sala de imprensa do Vaticano,
mas por causa de problemas com credenciamentos de alguns jornalistas, a
entrevista foi feita na Praça de São Pedro.
O prefeito aproveitou o
momento para entregar a Francisco uma cópia do livro “Genesis”, de
Sebastião Salgado, ressaltando a importância do fotógrafo brasileiro.
Na
sequência, disse que sabia que o papa era um fã da seleção brasileira e
ofereceu uma camisa assinada por todos os jogadores e uma bandeira do
Brasil.
“Neste
momento, pedi a ele que revisasse a sua decisão de não ir ao Brasil em
outubro para a celebração da aparição de Nossa Senhora Aparecida, ele
disse que era difícil, mas respondi que difícil não é impossível”,
afirmou o prefeito. Após o pedido, o prefeito beijou a mão de Francisco e
fez algumas fotos.
A audiência geral contou com a participação de
20 000 pessoas. Doria estava acompanhado da primeira-dama, Bia Doria, e
a filha, Carolina.
Eles ocupavam um lugar na primeira fila na área
reservada a autoridades internacionais e personalidades. Ao lado do
prefeito, outras 150 pessoas esperavam para cumprimentar o papa.
Um
dos intuitos da visita de Doria ao Vaticano era insistir para que o
pontífice aceitasse o convite feito no fim de 2016 pelo governo
brasileiro e visitasse o Brasil em outubro, mês em que se celebra os 300
anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do País. Porém,
recentemente, o papa Francisco enviou uma carta ao presidente Michel
Temer (PMDB) na qual que dizia que recusaria o convite por causa da
agenda intensa de compromissos.
Na carta, Francisco aproveitou
para cobrar o presidente e pediu medidas que evitem agravar a situação
da população carente no País.
“Sei bem que a crise que o país enfrenta
não é de simples solução, uma vez que tem raízes sociais, políticas e
econômicas, e não corresponde à Igreja nem ao papa dar uma receita
concreta para resolver algo tão complexo”, escreveu o pontífice.
“Não
posso deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres,
que muitas vezes se veem completamente abandonados e costumam ser
aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções
fáceis e superficiais”, completou o papa na carta.
Fonte msn
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