O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou nesta
quarta-feira (12), a prisão preventiva de um funcionário da escola em
que a menina Beatriz Angélica foi assassinada com 42 facadas, em
dezembro de 2015, na cidade de Petrolina, Sertão do Estado. Alison
Henrique teria apagado as imagens do circuito interno da câmera de
segurança da instituição de ensino.
Familiares e amigos de Beatriz realizaram protesto pela manhã no
Recife, em frente ao TJPE, e aguardavam a decisão da justiça sobre
a prisão de Alison, que tinha sido solicitada pela atual delegada
Polyana Neri, em julho deste ano, mas negada no mesmo mês, pela
desembargadora Elayne Brandão.
Em sessão do pleno do TJPE, o recurso
impetrado pelo MPPE contra a negativa da prisão do funcionário foi
acatado e a prisão, decretada, pelo desembargador Cláudio Nogueira,
presidente da sessão.
Os familiares e amigos de Beatriz comemoraram a decisão. A mãe de
Beatriz, Lúcia Mota, após a decisão passou mal e foi encaminhada ao
posto médico do TJPE e, em seguida, encaminhada a um hospital particular
do Recife.
Durante o protesto, o pai da menina Beatriz, Sandro Romilton,
questionava o por quê das imagens terem sido apagadas, dias depois da
ocorrência do crime.
De acordo com ele, mesmo com o pedido da polícia
das imagens e para que ninguém tivesse acesso às dependências da escola,
o funcionário responsável pelo sistema de segurança entrou e apagou as
imagens.
“Temos imagens do momento em que o funcionário da escola
responsável pelo setor de monitoramento das câmeras apaga as imagens,
que eram reveladoras, que mostravam o suposto criminoso de ter cometido
o crime com Beatriz.
As imagens foram apagadas vinte dias depois do
ocorrido. Questionamos então: quem deu essa ordem para apagar as
imagens?“, afirmou o pai de Beatriz.
Ainda de acordo com o pai da menina assassinada, tanto a Polícia
Civil quanto o Ministério Público têm conhecimento do fato, inclusive o
próprio MPPE solicitou que outras empresas de segurança, que trabalham
com recuperação de imagens, comprovassem a veracidade da ação desse
funcionário. “Não somos irresponsáveis de apontá-lo como o autor do crime, mas ele contribuiu para que o assassino não fosse descoberto“,
completa Sandro. Alisson teria recebido um valor de R$ 40 mil para
apagar as imagens, de acordo com os pais da menina assassinada.
O crime segue sem solução e tampouco há uma linha de investigação do
caso. De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, a delegada Polyana
Neri ficará exclusivamente à frente das investigações do ‘Caso Beatriz’.
O inquérito conta atualmente com 19 volumes e mais de 4 mil páginas e
está sob a responsabilidade do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Fonte Didi Galvão
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