quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Polos magnéticos da Terra ‘podem estar prestes a se inverter’ – e os primeiros sinais estão aí

 
 
Imagem: NASA
Os polos magnéticos da Terra podem estar prestes a se inverter pela primeira vez em 786 mil anos – e os primeiros sinais podem estar visíveis numa “anomalia” sob a África do Sul.
 
Se os polos se inverterem, as bússolas irão apontar para o sul – e isso acabará tendo um impacto significativo na rede elétrica da Terra, embora não seja provável que a “inversão” ocorra imediatamente.
 
De acordo com pesquisadores da Universidade de Rochester, uma “anomalia” na África do Sul pode ser a chave para prever a próxima inversão – num local profundo, abaixo do solo, onde as bússolas apontam para o sul.
 
O professor John Tarduno, da Universidade de Rochester, disse: “Há um ponto de polaridade invertida sob o solo no sul da África, na fronteira entre o núcleo e o manto, onde o núcleo externo do ferro líquido se encontra com a parte mais rígida do interior da Terra”.
 
“Nesta área, a polaridade do campo é oposta ao campo magnético global médio. Se fôssemos capazes de usar uma bússola nas profundezas deste local, poderíamos ver que o norte, na verdade, aponta para o sul”.
 
“Acreditamos que estes pontos invertidos no núcleo crescem rapidamente, e depois diminuem com uma maior lentidão. Ocasionalmente, um ponto pode se tornar grande o suficiente para dominar o campo magnético do Hemisfério Sul, causando a inversão dos polos”.
 
“A ideia convencional por trás das inversões é de que elas podem começar em qualquer lugar do núcleo.
 
Nosso modelo conceitual sugere que talvez haja locais especiais na fronteira entre o núcleo e o manto, que promovem as inversões”.
 
Mas antes que você comece a pensar em como sobreviverá a esta mudança, é importante saber que é improvável que isso aconteça imediatamente.
 
 Os cientistas preveem que a “inversão” ocorrerá durante os próximos dois mil anos.
A NASA desmentiu a ideia de que a inversão do campo magnético possa resultar em um apocalipse, dizendo em 2012 que “a ciência mostra que a inversão do campo magnético é – em termos de escalas de tempo geológicas – uma ocorrência comum, que acontece gradualmente, ao longo dos milênios.
 
 Embora as condições que causam as inversões de polaridade não sejam inteiramente previsíveis – o movimento do polo norte pode mudar sutilmente de direção, por exemplo – não há nada nos milhões de anos de registros geológicos que sugira que qualquer cenário de fim do mundo conectado a uma inversão dos polos possa ser levado a sério”.
 

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