A homofobia, assim como o gosto pela leitura, o paladar, ou qualquer
outra característica de uma criança, é algo que começa na infância e é
construído diariamente a partir de todas as suas interações com o mundo:
aquilo que vê, que sente, que escuta e, claro, o que lhe ensinam.
Então, não tem como falar de combate à homofobia sem falar de educação
das crianças e dos exemplos que que aprendem com os adultos com quem
convivem.
Características atreladas ao que é "ser uma
menina", e o que é "ser um menino", que geram expectativas em relação ao
comportamento das crianças - e frustrações quando as expectativas não
são cumpridas - , mas que muitas vezes podem se transformar em crenças
limitantes e fontes dos mais diversos preconceitos, a homofobia entre
eles.
Listamos
a seguir uma série de frases bastante comuns, que podemos não perceber,
mas que podem reforçar esses estereótipos e, sim, criar crenças
limitantes e reforçar preconceitos. Muito mais do que apontar o que se
deve, ou não, dizer para uma criança, fica aqui um convite à reflexão.
Confira:
"Homem não chora"
"Seja homem!"
"Isso é coisa de mulherzinha"
"Você não pode brincar com isso, é coisa de menina"
"Já tem namoradinho(a) na escola?"
"Você é um menino, tem que bater nele"
"Cabelo comprido é coisa de menina"
"Você não pode pintar a unha, é coisa de menina"
"Brinco é coisa de menina, tira isso da orelha"
"Um menino não pode ser estilista, isso é coisa de menina"
"Você é menino, tem que escolher uma profissão de homem"
"Isso é coisa de homem, você é menina então precisa escolher outra profissão"
"Rosa é cor de menina, azul de menino"
"Todo menino tem que gostar de futebol"
"Futebol não é esporte de menina"
"Você é menina, precisa ajudar nas tarefas de casa"
"Ele é menino, não precisa ajudar nas tarefas de casa"
"Você é menina, tem que ser mais delicada"
"Se continuar assim, respondona, ninguém vai casar com você"
"O amiguinho te bate na escola? Ele deve gostar de você"
"Se comportando assim, você fica parecendo um menino"
Veja também:
Contra a Homofobia
No dia 17 de maio, é celebrado o Dia Internacional Contra a Homofobia.
O
Catraquinha apoia essa luta e acredita na construção de um mundo mais
justo, com crianças e adultos mais empáticos, que respeitem as
diferenças, combatam as desigualdades e defendam o direito sagrado de
todos de viverem suas próprias vidas e serem felizes sendo quem são,
livres de estereótipos, amarras e preconceitos
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Fonte Catraca Livre
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