Guilherme Karan está
internado há seis meses em um hospital do Rio de Janeiro para tratar
da síndrome de Machado-Joseph, doença genética degenerativa do sistema
nervoso. Alfredo Karan, pai do ator, contou com exclusividade ao EGO nesta
segunda-feira, 25, que o filho, de 56 anos, não consegue mais engolir
os alimentos e se recusa a receber visitas. “A doença progride: a fala é
difícil de compreender, ele não tem equilíbrio, está com as juntas
endurecidas e não tem mais capacidade de comer pela boca, pois não
consegue deglutir os alimentos e corre o risco de engasgar e morrer. Os
médicos fizeram uma gastrostomia, cirurgia que permite que a alimentação
seja levada direto ao estômago”, explicou Alfredo.
O
Ministro da Marinha no governo João Figueiredo conta que, antes da
internação, cuidou do filho em casa durante cinco anos. Ele relata que
os quatro filhos herdaram a doença da mãe. “Dos que estão vivos, ele e a
irmã estão enfermos. Na última novela que ele fez (‘América’, em 2005),
já não estava bem, trabalhava se segurando nos móveis. As pesquisas
médicas continuam, mas ainda não descobriram o antídoto para neutralizar
os sintomas. A prioridade em achar a cura dessa doença não é tão grande
quanto para o Alzheimer ou o Mal de Parkinson, que são mais
divulgadas”, lamenta.
Segundo
Alfredo, os amigos de Guilherme tentam se manter informados sobre seu
estado de saúde. “As pessoas que já trabalharam com ele me ligam para
saber notícias. A Glória Perez é
muito amiga dele e vinha visitá-lo quando ele estava em casa. Mas o
Guilherme pediu para não receber mais visitas, porque ele não quer que
as pessoas o vejam nesse estado”.
Alfredo conta ainda que visita o filho “dia sim, dia não” e que o ator assiste televisão no
quarto do hospital, revendo também alguns programas dos quais
participou, como o “TV Pirata”, lançado em DVD e reprisado recentemente
no canal Viva. “Ele assiste sempre aos programas que fez e fica com os
olhos cheios de água. Ele era alto, robusto, cheio de vida, agora ficou
assim”, estristece-se Alfredo, sem perder as esperanças e sequer pensar
em deixar de estar ao lado do filho nesses momentos difíceis. “Tenho uma
saúde muito boa e Deus me deu forças para enfrentar essa situação”.
Fonte: EGO.
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