quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O Projeto de Transposição das águas do Rio São Francisco é esperança e alento para o sertanejo.

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Deixemos de lado por um momento as feições de candidatos, partidos, militância, projetos diversos de campanha, articulação para fatias de Ministérios, conchavos em níveis estaduais e federais. A exigência de parada no tempo no ritmo frenético de bandeirolas e cartazes, atividades de carros de som ruas abaixo, ruas acima, seria para focarmos no rosto envelhecido e torturado, na coluna curvada e desprotegida do sertanejo, que mesmo assim, ainda sabe ser forte.

O projeto de transposição das águas do rio São Francisco é esperança e alento de fazer dar certo a vida de milhões. A ideia de ver concluída a obra é o delírio de quem perde plantações, de quem ver o estômago das crianças roncar e só recorre há um pouco de farinha. E por que tantos atrasos? São inúmeros assim como as desculpas.

Os comentários sobre esse problema não tendem a pender para candidato A ou B, nem criticar, nem favorecer a ninguém. Poderia agora ser o mandato de qualquer Presidente da República, e estaríamos indignados do mesmo jeito.

A sede dos sertanejos precisa de objetividade e vontade política de colocar o dinheiro de nossos impostos no lugar certo: nos canais da transposição, por exemplo. A demora faz parecer que a obra governo após governo vai virando pretexto de mais propaganda política.

Dom Pedro II pensou na transposição no Brasil império. Seria brilhante algum governante eleito terminar isso: esse ou essa tal teria lugar garantido nas cadeiras da história.

Seria bom que pensassem com o coração naqueles que aqui pisam em terra seca, em vez de só desejar encharcar as urnas com votos "salvadores", que por enquanto, não salvam o semiárido de sua sorte de ser assim, como a natureza determina.

*Franklin Portugal é repórter da Tv Asa Branca – Afiliada da Rede Globo.

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